A redução do desmatamento da Amazônia e suas consequências nas emissões de gases do efeito estufa no Brasil
No ano passado, o Brasil conseguiu alcançar uma queda significativa de 8% nas emissões de gases que agravam o efeito estufa. Essa redução foi principalmente atribuída à diminuição do desmatamento na Amazônia, que se tornou a causa mais importante para essa conquista ambiental.
Além disso, outro fator determinante foi a ocorrência de chuvas abundantes, que permitiram o enchimento dos reservatórios e possibilitaram uma diminuição de quase 50% no uso de energia poluente proveniente das termelétricas. Em contrapartida, as hidrelétricas registraram um crescimento de 18% na geração de energia limpa.
Apesar desses avanços, é importante ressaltar que o Brasil ainda figura como um dos maiores poluidores do planeta, ocupando o sexto lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa. De acordo com um relatório divulgado pela ONU, os principais vilões do clima no país são os desmatamentos relacionados à expansão da fronteira agrícola e pecuária.
A ONU também alerta para o aumento das emissões globais de gases estufa e a necessidade dos países serem ainda mais rigorosos no combate ao aquecimento global. Nesse contexto, o Brasil elevou, há dois meses, as metas assumidas no Acordo de Paris para reduzir suas emissões. A nova meta estabelece uma redução de 53% até 2030, em comparação ao que foi emitido em 2005.
Segundo o Observatório do Clima, é possível ir além dessa meta. Caso o atual governo cumpra o compromisso de zerar o desmatamento ilegal em todos os biomas até 2030, a meta poderia ser mais ambiciosa.
Para Ana Toni, secretária de mudança do clima do Ministério do Meio Ambiente, a meta de zerar o desmatamento ilegal até 2030 está mantida e é de extrema importância para a proteção do meio ambiente e para o cumprimento dos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.
Conclusão
A redução do desmatamento na Amazônia desempenhou um papel fundamental na diminuição das emissões de gases do efeito estufa no Brasil no último ano. No entanto, é imprescindível que o país intensifique seus esforços na preservação ambiental e no combate ao aquecimento global. A expansão da fronteira agrícola e pecuária continua sendo uma grande preocupação e é preciso implementar medidas para controlar o desmatamento ilegal.
Além disso, é fundamental que o Brasil aproveite as oportunidades oferecidas pelas energias limpas e renováveis, como a hidrelétrica, e reduza cada vez mais o uso de energia proveniente de fontes poluentes, como as termelétricas. Somente assim será possível cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris e contribuir de forma efetiva no combate ao aquecimento global.
Portanto, é essencial que o país intensifique suas políticas de preservação ambiental, promova o desenvolvimento sustentável e invista em tecnologias limpas. Somente assim será possível alcançar uma redução ainda maior das emissões de gases do efeito estufa e garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações.
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