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Hospital na Serra do RJ normaliza raio-x após denúncia de impressão em folha de papel A4, mas fiscais flagram ambiente 'insalubre'

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O Conselho Regional dos Técnicos de Radiologia fiscaliza o Hospital Raul Sertã e encontra irregularidades

No dia 19 de agosto, o Conselho Regional dos Técnicos de Radiologia realizou uma vistoria no Hospital Raul Sertã, em Nova Friburgo, na Região Serrana do RJ. A ação foi motivada por denúncias de funcionários, que reclamaram da prática de imprimir exames de raio-x em folhas de papel A4, o que surpreendeu os pacientes.

Durante a fiscalização, os representantes do Conselho identificaram uma série de problemas, destacando-se a prática de impressão de exames radiológicos em papel comum. Essa prática, no entanto, é vedada pela resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de março de 2022. O Artigo 72 da resolução determina que é proibido fotografar, filmar ou utilizar escâner não específico para exames radiológicos com o objetivo de digitalizar imagens para laudos ou diagnósticos.

Soluções imediatas para o problema

No dia da vistoria, já foi constatado que o raio-x convencional estava funcionando novamente. Duas máquinas processadoras, responsáveis por revelar as radiografias, estavam em pleno funcionamento. Uma delas havia passado por reparos, enquanto a outra foi adquirida naquela mesma semana. Além disso, a porta da câmara escura, que estava com defeito, também foi consertada.

Essas soluções permitiram que os exames da Atenção Básica (SISREG) fossem retomados no hospital. Anteriormente, esses exames foram suspensos porque os médicos se recusaram a assinar laudos baseados em imagens de raio-x impressas em papel comum.

Outras irregularidades encontradas pelo Conselho Regional dos Técnicos de Radiologia

Apesar da questão do raio-x ter sido solucionada, a fiscalização realizada pelo Conselho Regional dos Técnicos de Radiologia encontrou diversas irregularidades no setor. Uma das principais é a ausência de funcionamento dos aparelhos de ar-condicionado nas salas de raio-x e nos corredores, tornando o ambiente extremamente quente e insalubre.

Além disso, foram constatadas deficiências na parte do processamento das imagens, como falta de iluminação adequada e presença de um cheiro forte de produtos químicos. Essas condições comprometem a qualidade do atendimento e colocam em risco tanto os pacientes quanto os profissionais de radiologia.

Outra denúncia grave que será encaminhada ao Ministério Público é a respeito do descumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a categoria dos técnicos de radiologia e a Prefeitura de Nova Friburgo em 2013. Esse acordo tinha como objetivo regularizar o reajuste salarial dos profissionais, porém, até o momento, não foi cumprido.

Posição da Prefeitura de Nova Friburgo

A Prefeitura de Nova Friburgo, por meio da Secretaria de Saúde, informou que está trabalhando para resolver os problemas identificados no setor de radiologia. No entanto, algumas soluções demandam um prazo maior, como a realização de melhorias estruturais necessárias e a aquisição de aparelhos de ar-condicionado.

Quanto ao TAC de 2013, a Prefeitura está apurando a situação, uma vez que o acordo foi firmado em gestões anteriores. Essa apuração evidencia a importância de se garantir o cumprimento de acordos e evitar novos problemas relacionados aos direitos trabalhistas dos profissionais de radiologia.

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