Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, comenta sobre negociação de patrocínio master e alfineta Botafogo em entrevista coletiva
No dia 30 de janeiro, Mário Bittencourt, presidente do Fluminense Football Club, concedeu uma entrevista coletiva para falar sobre diversos assuntos relacionados ao clube carioca. Durante a coletiva, ele abordou a busca por um patrocínio master e comentou sobre a possibilidade do uso de gramado sintético. Além disso, Bittencourt também falou sobre a situação de jogadores como Thiago Silva e André, e sobre as dívidas do clube. Confira todas as declarações do presidente tricolor.
Patrocínio master e referência a Leila Pereira
Ao ser questionado sobre a busca por um novo patrocínio master para o Fluminense, Mário Bittencourt citou Leila Pereira, mandatária do Palmeiras, e fez uma referência às declarações da mesma sobre valores do mercado. Segundo o presidente tricolor, é importante tomar cuidado com as informações divulgadas e ser transparente em relação aos contratos.
"Vou usar um pouquinho das palavras da presidente do Palmeiras, a Leila, que é muito firme nas convicções. Temos de tomar cuidado sobre os valores que são falados do mercado. Tem muita gente que diz que recebe 60 [milhões], mas recebe 20 e os bônus são de 40. Então não é verdadeiro. As notícias [sobre valores] em nada nos afligem. Para nós não importa", afirmou Bittencourt.
O presidente do Fluminense destacou que o clube tem uma relação amistosa com seus parceiros e que, mesmo com um contrato em vigor, entendem que os valores atuais estão defasados e não condizem com o que o clube merece. Bittencourt afirmou que, independente de continuar ou não com o atual patrocinador, desejam manter uma relação amistosa com a empresa.
Opinião sobre o uso de gramado sintético
Questionado sobre sua opinião em relação ao uso de gramado sintético, Mário Bittencourt foi enfático ao se posicionar contra. O presidente tricolor argumentou que, tradicionalmente, o futebol sempre foi jogado em grama natural e que o gramado sintético altera a forma como o jogo é disputado.
"Minha posição sobre o gramado sintético vai ser sempre contra. (...) Eu defendo por princípio do jogo. Futebol sempre foi jogado em grama natural e o sintético muda o jogo. É um outro jogo. Converso com os meus jogadores e eles dizem que o jogador fica mais lento porque a chuteira prende mais, e a bola mais rápida. 'Só está lá porque a Fifa aprovou', mas não necessariamente é bom. (...). Quem tem esse campo em casa, normalmente, joga contra times mesclados dos adversários", declarou Bittencourt.
O presidente do Fluminense também levantou preocupações quanto ao custo de manutenção do gramado sintético e como isso pode afetar o desempenho esportivo do clube. Ele ressaltou que a mudança para o gramado sintético pode levar o clube a jogar em outra praça, o que afeta o critério desportivo e afasta o time de disputar em sua casa.
Situação de Thiago Silva e André
Sobre a possibilidade de trazer o zagueiro Thiago Silva para o Fluminense, Mário Bittencourt afirmou que a última conversa com o jogador não foi recente e que ele só irá definir seu futuro após o término de seu contrato com o Chelsea.
"Ele disse que só vai definir o futuro após o término do contrato dele com o Chelsea. Não temos de criar expectativa. É um grande ídolo nosso e um grande amigo também. Ele vê os nossos jogos, manda mensagem para o Marcão... Tenho o sonho de trazer ele, sim. Se depois que ele terminar o contrato com o Chelsea tivermos a oportunidade, vamos fazer esse caminho", afirmou o presidente tricolor.
Sobre o atacante André, Bittencourt revelou que o Fluminense recusou uma proposta do Liverpool, no meio do ano passado, de 30 milhões de euros mais bônus. O presidente destacou que a relação com o jogador e seu agente é muito boa, e ambos entenderam que a saída deve ser para um lugar que o jogador deseje.
Dívidas e planejamento financeiro
A respeito das dívidas do clube, Mário Bittencourt destacou que todas as ações tomadas até o momento foram feitas com base nas receitas existentes e sem contar com possíveis receitas futuras. Ele afirmou que, caso seja necessário fazer um novo investimento no meio do ano, o clube tem reservas financeiras para isso.
"Tudo que foi feito até aqui foi feito com o que a gente tem de receita. Nada foi feito pensando em possíveis receitas futuras. Caso no meio do ano, a gente precise fazer um outro investimento, temos uma 'gordura' para isso. A gente nos primeiros cinco anos, a gente equilibrou a dívida. Agora a gente tem o planejamento de matar a dívida. A gente conseguiu equilibrar a dívida e conseguir resultados esportivos", explicou o presidente tricolor.
Redes sociais