ADSENSE GOOGLE TOPO

Veja também

Sem provar origem, irmão de Alcolumbre 'perde' R$ 500 mil achados em malas

imagem O Misterioso Caso das Malas de Dinheiro: A Investigação, os Personagens e os Mistérios

O Misterioso Caso das Malas de Dinheiro: A Investigação, os Personagens e os Mistérios

Um acontecimento surpreendente ocorreu na madrugada de 25 de março de 2022, em plena avenida Olavo Fontoura, próximo ao sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Um motorista avistou uma blitz policial e, ao invés de parar, deu marcha à ré em alta velocidade. Após uma perseguição, os policiais militares conseguiram interceptar o veículo, um Ford Fusion preto. O motorista desembarcou rapidamente, jogando duas malas no chão. Dentro delas, foram encontrados exatos R$ 499.970, gerando grande suspeita e curiosidade.

O motorista, em um gesto surpreendente, se entregou às autoridades alegando que não era um ladrão. E sua explicação para o dinheiro encontrado deixou a situação ainda mais intrigante: segundo ele, o dinheiro pertencia a empresários que o contrataram para financiar uma campanha política. Porém, não revelou qual partido ou candidato estava envolvido, alegando que isso o complicaria ainda mais.

Um Novo Personagem Entra em Cena

Um homem que dirigia uma Fiat Strada branca apareceu no local e acenou para o motorista suspeito. Este então revelou aos policiais: "Foi esse aí que entregou o dinheiro para mim". O homem era o advogado Alberto Alcolumbre, irmão do influente senador Davi Alcolumbre, presidente da comissão mais importante do Senado. A partir desse momento, a trama se tornou ainda mais complexa e cheia de mistérios.

A Origem do Meio Milhão de Reais: Um Mistério sem Resposta

Até os dias de hoje, a origem do meio milhão de reais permanece desconhecida. O dinheiro continua apreendido enquanto as investigações prosseguem. Alberto Alcolumbre, advogado trabalhista que atua nos bastidores das campanhas eleitorais do irmão senador, declarou-se dono das malas com dinheiro vivo e afirmou ter atravessado o país de carro com elas. Segundo sua versão, ele saiu de Macapá, onde reside, e fez uma parada em Brasília antes de chegar a São Paulo, percorrendo aproximadamente 3.000 km ao longo de três dias de viagem.

No entanto, as autoridades não encontraram evidências que comprovem a origem do dinheiro. O extrato da conta corrente de Alberto Alcolumbre não indica nenhum saque ou saldo correspondente aos R$ 500 mil encontrados nas malas. Além disso, sua declaração de imposto de renda não é compatível com os valores apreendidos. Tanto o promotor do caso, Marcello Penteado, quanto a juíza responsável pelo processo, Thaís Fortunato Bim, afirmaram que o advogado não conseguiu comprovar a origem e propriedade do dinheiro apreendido.

A Versão de Alberto Alcolumbre

Alberto Alcolumbre afirmou que os R$ 500 mil são resultado de seu trabalho como advogado e de transações comerciais, como a venda de carros. Ele também mencionou que costuma pagar suas contas em dinheiro vivo, quando tem disponibilidade. No entanto, não apresentou esclarecimentos adicionais nem respondeu aos questionamentos da reportagem. Ele se manteve discreto em relação às acusações e dúvidas que cercam o caso.

O Destino das Malas e as Misteriosas Transações

De acordo com Alberto Alcolumbre, o dinheiro das malas seria utilizado para pagar um estudo jurídico relacionado a investimentos na região amazônica. O destinatário desse estudo seria o advogado Philip Antonioli, sócio de escritórios de advocacia que atuam em São Paulo e Brasília na defesa de empresários. As malas com o dinheiro foram entregues a Sérgio Barbosa Arruda, o motorista contratado por Antonioli para transportar as cédulas. Segundo informações obtidas durante as investigações, o estudo jurídico se refere a leis relacionadas ao agronegócio em estados do Norte, como o Amapá.

Philip Anton

ADSENSE GOOGLE