Campinas tem janeiro mais quente e seco que média histórica, diz Cepagri; veja levantamento

O volume de chuva abaixo da média em Campinas (SP) no mês de janeiro

Introdução

O volume de chuva registrado em Campinas, no estado de São Paulo, no mês de janeiro ficou abaixo da média histórica, de acordo com dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri). Essa informação é relevante porque a quantidade de chuva pode afetar diversos aspectos da vida na cidade, desde a agricultura até a disponibilidade de água para consumo humano.

O cenário de chuvas abaixo da média

No mês de janeiro, a pluviometria acumulada durante 14 dias de chuva ficou em 233,9 milímetros, enquanto o esperado era de 277,6 mm, segundo os índices captados entre 1991 e 2020. Essa diferença representa uma queda de 15,7% em relação à média histórica.

Comparado ao ano anterior, em que ocorreu o maior volume de água para o mês em 14 anos, com 20 dias de chuva e 380,7 milímetros, esse valor é 27% menor. Essa variação drástica no volume de chuvas entre os anos pode impactar o meio ambiente e a sociedade.

Altas temperaturas

Apesar da baixa quantidade de chuvas, Campinas apresentou altas temperaturas durante o mês de janeiro. As máximas registradas foram em média de 31,3°C, 1,1°C acima da média histórica. A temperatura média geral também apresentou aumento, indo de 25°C para 25,4°C. No entanto, as mínimas registraram uma queda de 0,2°C em relação ao histórico, fechando o mês em 19,6°C.

Essas altas temperaturas podem ter diversas consequências, como maior consumo de energia devido ao uso de condicionadores de ar, aumento do estresse térmico em animais e nas pessoas, além de potencializar a evaporação da água dos reservatórios, agravando a situação de escassez hídrica.

Impactos das chuvas

Durante o mês de janeiro, diversas regiões de Campinas sofrem com os impactos das chuvas. Quedas de árvores e falta de energia elétrica foram registradas no distrito de Sousas, causando transtornos para a população local. Além disso, o último dia do mês foi marcado por alagamentos na cidade.

Em destaque, está o município de Socorro, localizado próximo a Campinas, onde 100 famílias foram atingidas por alagamentos e 14 ficaram desalojadas após tempestades no dia 20 de janeiro. Segundo a Defesa Civil, nesse dia foram registrados 130 milímetros de chuva em apenas duas horas.

Conclusão

O volume de chuva abaixo da média em Campinas no mês de janeiro traz preocupações em relação à disponibilidade de água para consumo, já que afeta diretamente a agricultura e o abastecimento público. Além disso, as altas temperaturas podem intensificar o estresse térmico e agravar a escassez hídrica. É importante que ações de prevenção e gerenciamento de recursos hídricos sejam implementadas para minimizar os impactos dessas variações climáticas.